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Saga Crepusculo Portugal

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Saga Crepusculo Portugal

10
Abr11

Fanfic - Capitulo 5 - 1ª Parte - "Nevoeiro"

Joana

Cura

 

 

Rosalie e Alice voltaram, a sorrir.

- Então, já se reconciliaram? – perguntou Esme, com um sorriso benevolente.

- Já! – exclamou Alice, sorrindo para a irmã mais velha e dando-lhe um repenicado beijo na face gélida.

- Ainda bem, ficaria muito pior se as minhas tias preferidas estivessem zangadas! – retorquiu Nessie, com uma careta, fingindo estremecer.

- Sim, seria deveras desagradável. – interrompeu Carlisle, sorrindo.

Isto sim, era uma família feliz. Eu tinha a melhor família de sempre, e os tempos de dor pareciam estar a afastar-se cada vez mais. Talvez o meu azar estivesse a diminuir. Queria muito acreditar nisso, mas sabia que, provavelmente, seria mentira e em pouco tempo algo mau se abateria sobre a minha vida.

Só tinha esperança que não incomodasse Edward nem os outros.

- Avô, quando chegam as amazonas? – perguntou Renesmee, impaciente.

- Em breve, minha Nessie. Agora dorme um pouco e de manhã, quando acordares, elas já cá estarão. – disse Carlisle, interrompendo os meus devaneios.

A minha filha acabou por adormecer nos braços de Jacob que, sempre que podia, a ficava a observar a noite inteira, abraçando-a e beijando-a na testa e nas bochechas rosadas. Como queria ficar com ela a noite inteira, decidi pedir a Edward que me ensinasse algumas melodias simples no piano. O meu marido acedeu de bom grado, sorrindo. Era realmente fácil tocar, com os meus novos sentidos de vampira. Pelo canto do olho, conseguia observar as próximas notas que tinha de tocar, as teclas respectivas e ainda as que tocava. Tinha a certeza que em pouco tempo estaria a tocar tão bem como Jasper, que também andava a aprender há cerca de vinte anos.

 

Rose aconchegara-se ao colo de Emmett, a desenhar uma nova colecção de roupas para mim, para ela e para Alice que usaríamos nas próximas festas, enquanto o meu irmãozinho brincalhão via um jogo de hóquei entre duas equipas universitárias e, de tempos a tempos, elogiava as criações da mulher.

Alice e Jasper ouviam-se lá em cima a conversar com Carlisle sobre genética, um assunto que se tornara usual com o nascimento da minha filha, enquanto Esme cantarolava, limpando o seu imaculado quarto.

 

A manhã chegou rapidamente, e com ela três amazonas com os olhos rubros muito brilhantes, satisfeitas com a caçada da noite anterior.

Renesmee acordou à hora normal, com a face ainda mais lívida que o normal e com uma lágrima ao canto do olho.

- Querida? Tens dores? – perguntei de imediato, preocupada.

- Não, não, mãe. Foi só um pesadelo. – acalmou-me ela, parecendo estar a tentar convencer-se a si própria que aquilo com que sonhara não era a realidade. Apercebi-me que não me iria contar, com medo de me preocupar, por isso, num movimento rápido, toquei com a minha mão gelada na sua, visualizando uma imagem de Jacob, na forma de lobo, a lutar com outros lobisomens, furiosos, com as aguçadas presas de fora.

- Tens razão, filha, foi só um pesadelo. Não te preocupes com o Jake. Os seus amigos são-lhe totalmente leais, não há qualquer hipótese de se virarem contra ele numa rebelião. – esclareci eu, estremecendo só de pensar, enquanto pegava cuidadosamente na minha filha, mantendo-a deitada para que as dores não voltassem e a aconcheguei nos meus braços, levando os seus espessos caracóis cor de bronze a roçar-me o rosto.

“Mãe, aconteça o que acontecer, não me deixarás, pois não?” Exprimiu Nessie em pensamento, afagando-me o rosto.

- O quê? É claro que não, filha! Como podes pensar isso? – exclamei, apanhada de surpresa.

- Desculpa, mãe. Não foi com intenção. Era só, não sei, um desabafo. Desculpa. – pediu, beijando-me na face, com um suspiro.

- Não peças desculpa, filha. Também já senti isso, essa terrível sensação de poderes perder uma das pessoas que mais amas. Eu compreendo-te perfeitamente. – declarei solenemente para a sua testa, naquilo que seria um murmúrio indistinto para um humano, mas que nós, vampiros, ouvíamos tão bem como se fosse um grito. – Agora vou chamar a Zafrina e as outras. Sei que queres que essas dores passem tanto como eu.

Voltei a pousar a sua cabeça ao de leve na almofada de penas do sofá e precipitei-me para a cozinha, onde as amazonas conversavam com Esme e Alice, sobre o número de vampiros na zona da Amazónia. Esme continuava obcecada com a ideia de gerir um centro para vampiros “vegetarianos”, que mostrasse aos outros todas as vantagens deste modo de vida. Da nossa família, a minha mãe adoptiva era quem tinha uma maior compaixão pela vida humana, até pelas pessoas que não conhecia e vinha a saber que morreram para alimentar um vampiro ela temia.

- Zafrina, Senna, Kachiri, a minha filha já acordou.

- Já tínhamos reparado. Pedi-lhes para te darem um tempo com a Ness. – informou Alice, com o seu habitual sorriso maroto.

- Obrigada, Alice – agradeci, sendo sincera, mas ela pareceu ter percebido o contrário, porque me fez uma careta e foi ter com Jazz. – Vamos, meninas? – chamei, enquanto corria para junto da minha filha, seguida de perto pelas nossas convidadas.

- Então, Nessie? Como estás? – cumprimentou Zafrina alegremente com um sorriso, exibindo duas fileiras de enormes dentes brilhantes.

- Melhor, Zafrina, um pouco melhor. – respondeu a minha filha educadamente, deslumbrando as amigas sem pensar, tal como o seu pai. Exibia um sorriso delicado, que seria capaz de despedaçar o mais crude dos corações.

- Sabes, Zafrina, estive a pensar, e acho que este caso é igualzinho ao de Tina, a irmã mais nova de Nahuel. – comentou Kachiri, a mais tímida do clã. – As dores, a intensidade delas e a sua duração, são muito semelhantes. Talvez, tal como ela, Renesmee também melhore com aqueles tratamentos que arranjámos há já algumas décadas.

- Que tratamentos? O que vão fazer-lhe? – perguntei, petrificada. De certa forma, aquele clã de mulheres grandes e fortes assustava-me, pois nunca conseguia prever o que fariam a seguir. Não sabia se tinham pensamentos benignos ou se pouco se importavam com os sentimentos dos outros. Mas nunca o confessara a ninguém.

- Nada de mal, Bella, acalma-te. – pediram elas, avaliando o estado da minha filha.

- Na verdade, acho que concordo com esse tratamento. – ouvi alguém dizer, por trás de mim, agarrando-me a cintura e beijando-me no pescoço.

- Edward, que vão fazer à Ness? Explica-me! – exigi, exasperada. Detestava quando era a única que não conseguia tomar o verdadeiro partido da conversa.

- Não te preocupes, Bella. – referiu Kachiri, com o seu tom de voz baixo e apaziguador. – Vai ser bom. Depressa melhorará. Apenas terá de caminhar durante um tempo pela sala, ignorando as dores, para esticar os músculos.

- Mas... As dores dela são fortes! Como é que podem ser tão cruéis? Edward! – rugi, atónita por Edward ter concordado com aquela ideia tão absurda sem mais nem menos.

- Bella, querida, nem é tanto assim... – principiou ele com a sua voz de veludo, percorrendo as minhas costas geladas com a mão comprida à mesma temperatura, um gesto que sabia ser totalmente calmante nestas situações. – A Nessie só terá de caminhar durante uns minutos, e a cada segundo que passar, a intensidade da dor diminuirá...

- Edward! – guinchou a minha melhor amiga, galgando as escadas e aproximando-se de nós com um sorriso radiante.

- Oh, Alice, mas isso é fantástico! – exclamou o meu marido, exibindo um enorme sorriso de orelha a orelha que, por momentos, me ofuscou. Mas depressa voltei à realidade.

- Que se passa? Que viste, Alice? – perguntei, um pouco farta de nunca saber nada do que se passava, mas também satisfeita pela chegada da minha irmã ter aliviado um pouco a tensão na sala.

- Acabei de ter uma visão em que a Nessie te dizia que a dor se extinguira. Mas dependerá de uma outra decisão. Tens de a deixar levantar-se, Bella – explicou ela, virando a sua carinha entusiasmada para mim.

Nos últimos tempos, Alice tinha-se esforçado por ver melhor o futuro da minha filha e de Jacob, percebendo que tinha de estudar e compreender as suas raças para que se tornasse mais fácil. Estava cada vez melhor, mas por vezes preocupava-me com a possibilidade de o futuro de Renesmee visto pela minha irmã e a realidade fossem diferentes, e nós não estivéssemos preparados. Engoli em seco, e tentei esquecer aquele assunto.

- Muito bem. Filha, se achares por bem levantar-te, não te impedirei de o fazeres. – disse, com cautela.

A minha filha levantou-se, com um sorriso de coragem no rosto que não me descansou minimamente. Eu conhecia-a melhor que a mim própria. Finalmente, conseguiu erguer-se do sofá de pele preta e a sua boca abriu-se deixando escapar um grito sufocado, inaudível para ouvidos humanos, mas logo compôs a expressão, com a tez serena, soltando um suspiro de dor.

Começou a caminhar, calculando cada passo. Dava ideia que, a cada segundo que passava, o sofrimento era pior. Sabia que não aguentaria muito mais assistir ao sofrimento da minha filha deste modo gratuito, mas tentei concentrar-me. A minha surpresa foi total quando Edward soltou uma gargalhada encorajadora e Nessie passou do seu andamento lento para uma corrida desenfreada, percorrendo a uma grande velocidade os quatro cantos da sala por diversas vezes. Se ainda fosse humana, teria ficado tonta com a velocidade dela, pois os meus olhos ansiosos seguiam-na e a minha cabeça movia-se a uma velocidade estonteante.

- Mamã, deixou de doer! – exclamou ela, com um sorriso enorme e sincero a pintar-lhe o rosto pálido.

Não consegui deixar de sorrir. Mas havia uma coisa a fazer. Peguei no telemóvel e percorria rapidamente a minha agenda de contactos. “Jacob”. Era ali que queria chegar. Premi o botão de chamada e alguém atendeu ao sexto toque, a arfar.

- Sim? Bella? Desculpa, estava a fazer uma patrulha perto da praia e pareceu-me ouvir o telefone. Vim a correr, o mais depressa que pude. Passa-se alguma coisa? Como está a Nessie? – explicou rapidamente, parecendo preocupado.

- Jake, desculpa, mas acho que a patrulha vai ter de esperar. Tens de vir para aqui. O mais depressa possível. – tentei parecer misteriosa, sabendo que preocuparia o meu melhor amigo. A sua surpresa seria total.

- Estou a ir. – disse, desligando de seguida.

- O Jacob está a caminho. – informei, passando os olhos pelas caras confusas ds vampiros que me tinham ouvido. Apenas Edward mantinha aquele sorriso de través que tanto adorava. Era óbvio que ele adivinhara o que estava a fazer. Agora, a proximidade de Jake não parecia incomodá-lo mesmo nada.

Acariciei-lhe a mão, agradecida por ter compreendido a minha situação. Pareceu estremecer, arfando. Quando os meus toques o apanhavam desprevenido, era-lhe muito difícil controlar-se. E vice-versa.

Ainda não tinham decorrido dez minutos desde a minha chamada, já Jake batia à porta, impaciente.

- Eu vou abrir. – disse Renesmee, movendo apenas os lábios, para que Jacob não ouvisse. Acenámos com a cabeça e Edward apertou-me os dedos nos seus.

Nessie abriu a porta, com um enorme sorriso no rosto:

- Jake! – gritou, atirando-se nos seus braços.

Por um segundo, Jacob pareceu paralisar, mas logo se recompôs, aplicando-lhe um dos seus fortes abraços de urso, o remédio mais reconfortante do mundo para mim, enquanto humana. É claro que agora, a sua proximidade me fazia arder o nariz, mas andava a esforçar-me por ignorar o sentimento de repulsa que, por vezes, sentia.

- Nessie! Já estás boa? – exclamou, dando uma estrondosa gargalhada, sem dúvida, um eco da gargalhada de Emmett.

- Boa, não. Está em convalescença, podemos dizer assim, cão. – corrigiu Senna, com um ar hostil mas calmo.

O meu melhor amigo mostrou-lhe a língua e afastou Renesmee, beijando-a nas duas bochechas. Parecia que lhe esmagava a cara.

- Então, o que é que levou a tão rápidas melhoras? – perguntou animado, virando-se para mim e para Edward, em busca de respostas.

- Foram as amazonas. Já tinham tratado outras meias-vampiras como a Renesmee e decidiram utilizar o mesmo tratamento. – explicou o meu marido, com uma voz subtil.

- Sei que me detestam e que também vos detesto a vocês, mas obrigado. – agradeceu Jacob, com um meio-sorriso sincero. Fez-me lembrar Edward, quando dizia que não podia odiar Jake, já que este me amava e cuidara de mim quando ele se...ausentara.

- De nada. E sim, detestamos-te. – responderam as três em uníssono, com uma careta. Mas Jacob nem lhes ligou. Estava ocupado a observar escrutinar a expressão serena da minha filha, em busca de vestígios de dor ou desconforto.

- Ela está bem, fica descansado. – resmungou Edward, batendo com o dedo livre na têmpora, com um sorriso de cumplicidade. Ele compreendia. Ele também já passara por aquela situação antes, mas era eu quem estava em dificuldades. Se ainda fosse humana, teria corado, mas talvez Edward tenha distinguido algum embaraço no meu sistema nervoso, porque aproximou os lábios do meu ouvido e suspirou pesadamente, acalmando-me e fazendo-me sonhar. Concentrei-me rapidamente, antes que Jasper estranhasse as minhas emoções e viesse questionar-me.

- Bem, Jake, eu ainda não almocei e tu? Por mim, vou já comer. – desafiou Nessie, com um sorriso caloroso e deslumbrante. Ela era uma das melhores pessoas que conhecia. Tinha herdado algum do altruísmo de Edward. Sabia que Jacob se sentia melhor a comer comida normal, por isso, decidira alimentar-se “humanamente” dessa vez.

- Também não. – disse, pensativo. – De que estamos à espera? Vamos comer! – rugiu, prazenteiro. – Que se arranja por aqui, Bella?

- Penso que temos ainda algum frango do dia anterior, foi o pequeno-almoço da Ness. – respondi, avançando para a cozinha, num passo rápido, de modo a abrir o frigorífico e retirar rapidamente o frango, para que Jake não visse mais nada que lhe agradasse e nos desse cabo da despensa. Peguei em dois pratos e coloquei um pequeno pedaço de peito de frango num deles, para a minha filha, evidentemente, e no outro deitei quase o resto da caixa que continha a comida, para Jacob se alimentar. Continuava a comer que nem um lobo, literalmente. – Vá lá, comam. Nessie, se não te apetecer, não tens de comer. O Jake não se importa. Além disso temos ali sangue de urso-pardo e...

- Mãe, eu quero comer isto. – interrompeu-me ela, determinada. – Agora, vamos Jacob, vamos ver quem come mais depressa.

- Tu contra mim, miúda. Vamos a isso! – desafiou ele, posicionando o prato e debruçando-se avidamente sobre ele. Já se sentia totalmente à vontade naquela casa, que seria minada para qualquer outro lobisomem, mas para ele, era o paraíso, pois era lá que vivia o alvo da sua marcação.

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