Capítulo Onze - Encontro
Jacob
Acordei, ainda com esperanças que tudo não passa-se de um pesadelo. Mas tornei a iludir-me.
Outro dia sem ouvir o chilrear dos pássaros, sem sentir o vento a passar pelos meus cabelos negros, sem sentir o cheiro das flores silvestres, sem poder sentir a terra por baixo dos meus pés descalços. Tantas saudades que tinha de sentir estas pequenas coisas. Ao pensar nisso uma dor trespassou o meu pobre e fraco coração.
Estava fraco, como nunca estive em toda a minha vida. Não tinha forças suficientes para me poder metamorfosear.
De um momento para o outro pude ouvir o soalho a ranger. Estava lá alguém. Mas quem?
- Quem está aí?- perguntei com uma voz rouca.
Ninguém me respondeu. Apurei os meus sentido de lobo. Aquele odor não me era desconhecido.
Tentei a todo custo lembrar-me de quem era aquele cheiro. Parecia um humano, mas depois misturava-se um cheiro de vampiro. Enruguei o nariz, em resposta ao odor.
- Quem está ai?- perguntei novamente, com esperanças que desta vez respondessem.
Nada se ouviu. Naquela casa, havia um vampiro. E eu não sabia, o quão perigoso ele era.
“Jacob tenta lembrar-te. Vá lá”. Passei por todos os momentos da minha vida. Desde que comecei andar com vampiros até agora.
Não era ninguém da família Cullen - isso tinha eu a certeza. Aqueles vampiros antigos, os Volturi, também não eram. Reconheceria o seu odor rapidamente. Então quem é?
- Então como estás?- ouvi. Era uma voz grave. Já sabia que era um homem.
- Quem és? O que queres de mim? Eu não te fiz nada, o que queres? - questionem, sei lhe dar tempo a responder.
Não conseguia ver a sua face. Mas esta voz também não me era desconhecida.
- Calma cão. Ficar nervoso faz mal aos cãezinhos. - dizia com sarcasmo.
- Como sabes que sou um lobo? Como sabes quem sou eu?
- Eu fiz-te isto, porque tens uma coisa que sempre quis.- respondeu ele furioso e desviando o tema de conversa. Se aquilo era uma conversa.
Fiquei confuso. Mas o que ele queria que eu tinha? Eu não tenho nada de especial. A não ser a Nessie.
- Estás-te a referir á Nessie?- perguntei com a confusão estampada na cara.
- Nunca pensei que os cães fossem tão perspicazes.