Moda com dentes
Os sintomas são inquietantes: o gosto por carne crua - rara, por favor; a aversão à luz solar; a paixão pelo look fantasmagórico, armas de marfim. Tudo isto indica que sofres do bug vampírico.
Sookie e Oskar caíram nas redes da luxúria dos vampiros, uma cultura-pop contagiante que est+a a ser espalhada pela televisão, filmes e ficção. O que começou com a Saga Twilight, a saga romântica para jovens adultos de Stephenie Meyer, seguindo-se do filme Crepúsculo, virou uma pandemia de altas proporções. Os monstros raramente estiveram tão prontos para as câmeras.
"O vampiro é o novo James Dean", diz Julie Plec, escritora e produtora executiva de The Vampire Diaries, uma série televisiva baseada nos romances de L.J. Smith. "Há algo de sexy nestes predadores eróticos".
Esta geração de mortos aparece nas escolas secundárias e clubes de dança, mais sedutores que nunca. Em Junho passado, a estreia da segunda temporada de True Blood, teve uma audiência 3.4 milhões, tornando a série na mais vista desde Sopranos.
O mundo da moda, também, tem sofrido influência dos vampiros, na forma de rendados e couro que invadem os editoriais. Os vampiros são parte de uma tradição desde Nosferatu e o Drácula de Bram Stoker. Anne Rice revitalizou o género, apresentando o vampiro aristocrático Lestat. Mas os mortos estão de volta em força, pois "personificam as ansiedades do mundo real", diz Michael Dylan Foster, professor da Universidade de Bloomington.
"Especialmente desde o 11 de Setembro, os tempos são de vigilância. Representações como a saga Twilight reflectem uma conspiração, um medo de algo secreto e perigoso na nossa comunidade, debaixo dos nossos narizes."
O que torna os vampiros tão atraentes? Talvez a sua aparência e sexualidade decadente. As suas caras, descritas em Twilight, são extremamente bonitas. Caras que nunca esperavas ver sem ser nas páginas de uma revista de moda.
Os vampiros mais modernos e menos ameaçadores são os que ficariam com a sua companhia mortal até à eternidade. Stefan, de Vampire Diaries, mantém a sua luxúria pela humana Elena em cheque.
Em Lua Nova, Edward é um vampiro que realiza proezas dignas de um Superhomem. Sedutor como é, é ao mesmo tempo um modelo de contenção. Mais do que uma vez, Edward fica a poucos segundos de beber o sangue da sua namorada mortal, Bella. "Não quero ser um monstro", diz-lhe com urgência (apesar da mesma não se importar). "Edward rejeitou a sua humanidade, mas luta para ser humano", diz Ms. Plec.
"Há monstros muito piores e mais realistas nas nossas vidas,"diz Ms.Rose. "Ter alguém a chupar-te o sangue - não é assim tão assustador. Especialmente se o vampiro for atraente."
Podes ler o resto da notícia em NY Times.
Tradução e Adaptação: Volturi Guard